O Benfica voltou a tropeçar na Liga dos Campeões, desta vez numa deslocação complicada a St. James' Park, onde perdeu por 3-0 frente ao Newcastle. A equipa portuguesa continua sem pontuar na fase de grupos, com problemas evidentes tanto no plano defensivo como ofensivo.
Pavlidis Titular, mas sem Efeito
O avançado grego Pavlidis foi titular na frente de ataque e esteve em campo os 90 minutos, mas não conseguiu alterar o rumo do jogo. No final, mostrou-se desalentado:
"Na primeira parte foi ok, tivemos boas oportunidades para marcar, mas o golo não apareceu. Na segunda parte quebrámos depois do segundo golo. Foi uma noite difícil para nós"
As palavras do grego refletem a dificuldade do Benfica em manter consistência ofensiva contra equipas fisicamente fortes e organizadas, como o Newcastle. Apesar de criar algumas oportunidades, a equipa falhou em concretizar e sofreu com a pressão adversária, especialmente na segunda parte.
Gols e Momentos-Chave
O primeiro golo surgiu aos 32 minutos, com Anthony Gordon a colocar os magpies em vantagem. Na segunda parte, Harvey Barnes, recém-entrado, marcou aos 70' e 83', consolidando o triunfo inglês. A diferença de intensidade física e qualidade coletiva foi clara, deixando o Benfica em situação complicada no grupo.
Reações de Quem Vive o Clube
Após a partida, Record recolheu opiniões de várias personalidades ligadas ao clube:
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Bruno Aguiar, antigo jogador: "O Newcastle acabou por ganhar justamente. Eles têm outro andamento e poderio físico. Já o Benfica, ainda assim, merecia mais sorte nas três oportunidades do Lukebakio. Temos muito trabalho pela frente."
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Luís Filipe Borges, apresentador: "Um inenarrável Ríos oriundo do Brasileirão, campeonato morto há 20 anos. Um Mourinho moribundo pouco após o Brasileirão, que faz uma substituição, e forçada. E finalmente um presidente que não chegou a nascer."
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Yolanda Coluna, filha de Mário Coluna: "Na primeira parte parecia que tínhamos chances de fazer boa figura. Tivemos oportunidades. Na segunda, uma desilusão total. Não fossem as enormes defesas do Trubin e teria sido uma goleada."
Esses comentários destacam os problemas na eficácia ofensiva, nas decisões tácticas e na gestão do plantel durante o jogo.
Análise Tática: Onde o Benfica Falhou
A derrota expõe fraquezas estruturais que se tornaram visíveis no encontro:
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Ritmo e intensidade inadequados – O Newcastle conseguiu pressionar alto, explorar espaços e impor velocidade, dificultando a saída de bola dos encarnados.
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Desorganização defensiva – Especialmente nos golos de Barnes, a cobertura defensiva do Benfica falhou, expondo a vulnerabilidade da linha defensiva.
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Finalização deficitária – Apesar de algumas chances de Pavlidis, Lukebakio e outros elementos, a equipa não conseguiu transformar oportunidades em golos.
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Substituições questionáveis – A entrada de Ríos foi alvo de críticas, questionando o timing e a escolha de Mourinho.
Impacto na Liga dos Campeões
Com três derrotas consecutivas, o Benfica ocupa o último lugar do grupo, sem pontos. A fase de grupos da Champions exige consistência e capacidade de adaptação, e a equipa terá de reagir rapidamente para não comprometer a qualificação.
O Papel de Pavlidis e a Falta de Soluções
A presença de Pavlidis nos 90 minutos evidencia a confiança de Mourinho no avançado grego. No entanto, a falta de apoio coletivo e de combinações eficazes limitou o seu impacto. A equipa precisa encontrar soluções para criar mais linhas de passe e facilitar a finalização, especialmente contra equipas de pressão alta como os ingleses.
Próximos Desafios
O Benfica terá de olhar para os próximos jogos com foco em:
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Ajuste defensivo – Maior compactação e melhor comunicação entre linhas.
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Criatividade ofensiva – Explorar novas alternativas e rotacionar jogadores para maximizar potencial ofensivo.
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Recuperação mental – Fortalecer confiança e espírito de equipa após desilusões europeias.
A partida frente ao Newcastle serve como alerta: apenas intensidade, qualidade táctica e eficácia coletiva podem permitir que o Benfica recupere competitividade na Champions.
Conclusão
A derrota por 3-0 e as palavras de Pavlidis refletem uma equipa que ainda procura equilíbrio entre ambição e execução. Enquanto a equipa nacional se prepara para desafios futuros, incluindo partidas importantes na Liga portuguesa, Mourinho terá de gerir cuidadosamente o plantel e ajustar estratégias para garantir um desempenho mais consistente.
Com atenção aos detalhes tácticos e foco na coesão de equipa, o Benfica ainda pode recuperar na Champions, mas é imperativo que lições sejam tiradas rapidamente e que jogadores como Pavlidis tenham o suporte necessário para brilhar e fazer a diferença.

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