Manchester United volta à carga por Hjulmand — e Amorim está no centro da polémica
O nome de Morten Hjulmand volta a agitar o mercado de transferências e, desta vez, com um ingrediente adicional de controvérsia. A imprensa internacional, nomeadamente o especialista turco Ekrem Konur, garante que Rúben Amorim terá tentado convencer o médio dinamarquês a deixar o Sporting no último verão, prometendo-lhe um salário três vezes superior caso aceitasse unir-se a si no Manchester United.
A alegação é explosiva: o ex-treinador do Sporting, agora associado aos planos estruturais do clube de Old Trafford, teria usado a relação de confiança com o internacional dinamarquês para o seduzir com um projeto ambicioso na Premier League. Palavras-chave emergem de forma natural neste caso: mercado de transferências, Rúben Amorim, Morten Hjulmand, Manchester United, Sporting, Premier League.
Sporting rejeita propostas e Varandas impõe autoridade
Frederico Varandas não demorou a reagir internamente. O presidente do Sporting, consciente do valor estratégico de Hjulmand, terá comunicado ao jogador e ao seu representante que o clube não o venderia no mercado de inverno. Um acordo verbal terá sido alcançado: o capitão só sairá na próxima época e nunca por valores inferiores à cláusula de rescisão, avaliada em 80 milhões de euros.
No entanto, o Manchester United prepara nova ofensiva. Segundo as mesmas fontes, os red devils acreditam que 50 milhões de euros e a influência de Rúben Amorim poderão ser suficientes para convencer Varandas, especialmente se o Sporting estiver a necessitar de equilíbrio financeiro.
Mas será isso suficiente? Tudo indica que não.
A história recente mostra que Varandas resiste a pressões externas, como aconteceu com Palhinha, Matheus Nunes ou Pedro Gonçalves. E neste caso, Hjulmand não é apenas mais um jogador — é o capitão, a voz do balneário e o símbolo da nova liderança da equipa de Rui Borges.
Relação entre Amorim e Hjulmand pode influenciar o negócio?
A relação entre ambos é descrita como de respeito, profissionalismo e grande confiança mútua. Amorim foi quem pediu a contratação do dinamarquês ao Lecce e lhe entregou um papel central na equipa. A imprensa britânica defende que essa ligação pode ser decisiva para persuadir o jogador.
Contudo, é importante perguntar: até que ponto Hjulmand estará disposto a trocar a braçadeira de capitão em Alvalade para ser mais um no meio-campo superpovoado do Manchester United? Isso levanta dúvidas. Não se trata apenas de dinheiro, mas de estatuto, continuidade e identidade desportiva.
Hjulmand: estatísticas, liderança e impacto em campo
• 13 jogos esta época pelo Sporting
• 1 golo marcado
• 1.270 minutos em campo
• Titular em todos os jogos disputados
• Avaliado em 50 milhões de euros pelo mercado internacional
A consistência do dinamarquês é uma das pedras angulares do sistema tático do Sporting. Recuperações de bola, distribuição vertical e leitura de jogo fazem de Hjulmand um dos médios mais completos da Liga Portugal Betclic.
Perdê-lo a meio da temporada seria um golpe duro para Rui Borges, que tem consolidado a sua autoridade no balneário com a ajuda de líderes como o camisola 42.
Manchester United: desespero ou estratégia?
O interesse do Manchester United em médios defensivos tem sido constante. Casemiro encontra-se em declínio físico, Amrabat não convenceu totalmente e Erik ten Hag procura soluções para um meio-campo mais equilibrado. A direção dos red devils vê em Hjulmand:
• Um jogador taticamente disciplinado;
• Forte no desarme;
• Capaz de iniciar transições rápidas;
• Com liderança silenciosa, mas eficaz.
Mas há quem considere que o interesse é também um sinal de desespero de um gigante em crise desportiva. O Manchester United falhou nos grandes palcos europeus, encontra-se atrás dos rivais na Premier League e precisa de reforçar a sua imagem internacional.
Será Rúben Amorim a ‘chave’ do negócio?
As notícias apontam Amorim como possível “talismã” das negociações. A ideia é simples: um treinador com influência direta sobre o jogador é mais convincente do que qualquer proposta financeira.
Mas aqui surge a polémica: é legítimo que um ex-treinador tente persuadir um jogador do seu antigo clube a sair, poucos meses após abandonar o projeto? Muitos adeptos leoninos considerariam isso uma traição emocional.
Se for verdade, esta atitude pode desgastar a imagem de Amorim em Portugal, mesmo que seja vista como uma jogada normal no estrangeiro.
Sporting pode resistir a 50 milhões?
A cláusula de rescisão de Hjulmand é de 80 milhões de euros, e tudo indica que Varandas não aceitará menos do que 70 milhões, pelo menos até ao final da época. Para o Manchester United, pagar 50 milhões seria um investimento pesado, mas suportável.
A verdadeira questão é estratégica: vale a pena vender o capitão em janeiro, arriscando comprometer a luta pelo título, Champions League e Taça de Portugal?
A resposta, para já, parece ser não.
Análise e opinião: uma jogada arriscada com impacto emocional
Este caso tem várias camadas:
• Desportiva: Sporting perderia o cérebro do meio-campo e teria pouca margem para encontrar substituto do mesmo nível.
• Financeira: 50 milhões é tentador, mas insuficiente perante o estatuto de capitão, cláusula de 80M e projeção europeia.
• Moral e emocional: A ideia de Amorim tentar levar Hjulmand coloca em causa valores de lealdade e respeito pelo clube que o projetou.
Na minha análise, Amorim está a jogar nos bastidores para montar uma espinha dorsal no Manchester United que conhece bem, mas isso colide com a expectativa de ética desportiva dos adeptos do Sporting.
Conclusão: Inverno quente em Alvalade
O mercado de janeiro promete ser tenso para os lados de Alvalade. Com Hjulmand no centro das atenções, Rúben Amorim envolvido nas conversas e o Manchester United disposto a abrir os cofres, tudo pode acontecer.
Mas uma coisa parece clara: Frederico Varandas não vai ceder facilmente. Hjulmand só sairá pelo valor justo — ou continuará a liderar o Sporting rumo aos títulos.

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